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Sou de Pernambuco... Sou o Leão do Norte - Por teddybear_PE

Se o carnaval é, como dizem, uma das festas populares mais amadas do Brasil, ou, talvez, do mundo, Pernambuco é, sem medo de errar, a expressão máxima dessa festa, feita para e pelo povo. Aqui, em Pernambuco, o carnaval é feito no chão, com a adesão do povo e dos turistas, bem como das centenas de grupos de tradição popular que fazem a nossa cultura.
Assim, caro irmão urso e afim, se você pretende se divertir gastando  pouco dinheiro, venha participar do maior carnaval de rua do nordeste, do Brasil e, sem nenhuma expressão megalomaníaca, mas com muita paixão pernambucana, DO MUNDO!!!
                Nossa conversa hoje será sobre essa festa: O CARNAVAL PERNAMBUCANO

O carnaval pernambucano tem suas tradições oriundas do povo português. É que, em Portugal, nossos antepassados costumavam jogar, uns nos outros, água limpa, ovos e farinha, no período carnavalesco. Assim, o carnaval parece ser uma herança de várias comemorações realizadas por povos da Antiguidade como os egípcios, hebreus, gregos e romanos e  servia para celebrar grandes colheitas e, sobretudo, louvar as divindades.
É provável que as saturnais, festas ao antigo deus romano da agricultura – Saturno - tenham sido as principais festas ancestrais do atual carnaval. Nesse período, escravos eram libertos, romanos dançavam pelas ruas, celebrando a liberdade. Eles conduziam homens e mulheres nus, em espécies rudimentares de carros alegóricos, os carrum navalis, algo como "carro naval", semelhantes a navios – talvez ai, esteja a origem da palavra carnaval - A maior parte dos estudiosos, no entanto, acha que o termo vem de outra expressão latina: carnem levare, que significa "retirar ou ficar livre da carne".
Já na Idade Média européia, essas festividades pagãs foram incorporadas à cultura popular pela Igreja Católica, passando a marcar os últimos dias de "liberdade" antes das restrições impostas pela Quaresma - a proibição de comer carne era uma delas. Nesse período era feito em Portugal, o entrudo.
O entrudo chegou, então, ao Brasil em meados do século XVII, influenciado por outras festas carnavalescas européias – sabe-se, por exemplo, que na Itália eram bastante comuns os desfiles urbanos, onde os populares costumavam usar fantasias e máscaras – dessa forma, foram incorporados à nossa cultura, o Pierrot (Pedrolino, na Itália) e a Colombina, personagens da Commedia Dell’art italiana, bem como o Rei Momo - o maior representante ursino no carnaval – inspirado no deus do sarcasmo, da liberdade e do delírio da antiguidade grega. Muitas destas tradições ainda permanecem até hoje.
O Carnaval daqui, nos seus primeiros anos, não tinha música ou dança, brincava-se apenas, o entrudo, de onde veio o costume das "guerras de água". Mas a artilharia naqueles tempos era mais pesada, com direito, também, a lama, tintas, laranjas e ovos por exemplo. Isso foi pouco a pouco sendo proibido e as armas passaram a ser os confetes e serpentinas.

No século XIX, surgem o frevo e o passo, a partir de lutas populares dos afro-descendentes escravos libertos, dando ao carnaval de Pernambuco uma identidade própria no Brasil. A partir dai, trabalhadores formaram as primeiras agremiações nos bairros populares, mantendo sua identidade profissional e com o tempo, foram sendo criados clubes mais abertos, com nomes engraçados: Canequinhas Japonesas, Marujos do Ocidente, Toureiros de Santo Antonio.
O frevo merece um capítulo especial no carnaval de Pernambuco e, portanto, um parágrafo especial no nosso blog. Ele é, de longe, o ritmo que mais personifica o nosso carnaval. Segundo historiadores, as suas origens musicais remontam a meados do século XIX, no repertório das bandas militares desse período. É que naquele tempo, lutadores de capoeira, munidos de bastão costumavam abrir caminhos  entre as bandas militares, lutando e fazendo “frever” – como a sabedoria popular simplesmente dizia a palavra “ferver” – causar  rebuliço, efervescência e multidão.  Os bastões foram substituídos pelas sombrinhas e os passos da luta, transformados em passos de dança executados atualmente pelo povo e, em especial, pelos “passistas de frevo”. Dai surgiram os mais diversos estilos dessa dança:

·         O frevo de rua , só instrumental, tocado por orquestras de instrumentos de sopro.
·         Frevo canção, que se inicia com uma introdução orquestral, seguida por uma letra cantada.
·         Frevo de bloco, mais lírico e dolente, executado por orquestras de pau e corda. Inicia-se com um som de apito e é cantado em coros.

Atualmente, várias cidades pernambucanas são consideradas pólos carnavalescos, apresentando peculiaridades nos festejos de Momo, destacando-se entre elas:
·         Recife – terra do frevo, do maracatu de baque-virado e dos caboclinhos;
·         Olinda – terra do frevo e dos bonecos gigantes;
·         Nazaré da Mata – terra do maracatu rural ou de baque solto
·         Bezerros – terra do papangu.
·         Triunfo – cidade dos caretas

Em Recife, no sábado gordo de Zé-Pereira, como é chamado o sábado que antecede o domingo de carnaval, as ruas do centro comercial do Recife são preenchidas pelos foliões do Galo da Madrugada. Milhares e milhares de foliões, vale ressaltar, pois o nosso galo é, comprovadamente, desde 1995 e até os dias atuais, a maior agremiação carnavalesca do Planeta – segundo a autoridade maior na área, o Livro dos Recordes - Guiness Book.
Olinda faz, em suas ladeiras, o mais legítimo carnaval de rua do país – irreverente, participativo e bastante criativo. Suas tradicionais agremiações, por muitos anos, desfilavam sem passarelas oficiais, pelas enladeiradas ruas, agrupando foliões de todas as partes. Elefante (que desfila no domingo), Pitombeiras dos Quatro Cantos (na segunda-feira), Vassourinhas (na terça-feira) e o Bacalhau do Batata (na quarta-feira de cinzas, organizado por um garçon - o Batata - para que esse grupo de  profissionais, também, pudessem brincar o carnaval, mesmo que em seus últimos momentos... E multiplicam-se os novos blocos e troças. Basta um refrão forte e um grupo de pessoas com um tema engraçado e lá se vai uma nova agremiação exta-oficial. Assim nasceram o “ceroula”, “morreu donzelo”, “a porta”, “a corda”, “segura a coisa”, “segura o cu” entre outros.  Alguns têm a versão infantil, com dia próprio de desfile, como acontece com o “Ceroulinha’.
Olinda tem um carnaval que em palavras não se consegue descrever. Faltam palavras para expressar a verdade dos sentimentos. Só experimentando...
Abraços Ursinos!
Teddybear_PE

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